sábado, 31 de outubro de 2009

Bloco lança campanha pelo alargamento do subsídio de desemprego






Resolução política da Mesa Nacional
31 Outubro de 2009






Depois das eleições, a prioridade do Bloco de Esquerda é a resposta social à crise


1. A Mesa Nacional do Bloco de Esquerda avaliou os resultados do ciclo eleitoral, destacando o reforço do movimento com a eleição de 3 representantes no Parlamento Europeu e de 16 no Parlamento nacional, tendo obtido nos dois casos a sua maior votação de sempre, na sequência de uma campanha intensa e clarificadora. Da mesma forma, a Mesa Nacional concluiu que nas eleições autárquicas o resultado eleitoral do Bloco não atingiu os objectivos fixados, com uma derrota em Lisboa e Porto, e não tendo alcançado a eleição de vereadores em concelhos onde a disputa tinha esse objectivo (com a excepção de Almada, Seixal, Olhão, para além da recondução na Moita, Entroncamento e Salvaterra).A Mesa saúda todas e todos os candidatos e activistas que deram corpo a esta campanha e que demonstraram que o Bloco deve prosseguir no caminho do alargamento da influência popular com mais enraizamento local, do diálogo político com os sectores mobilizados contra a crise social e da apresentação de um programa socialista que configure uma alternativa para a esquerda.
2. As deputadas e deputados do Bloco de Esquerda assumem os seus cargos com um mandato claro, o do programa pelo qual foram votados. Esse programa indica, como foi sublinhado na campanha eleitoral, um dever de coerência que define as primeiras batalhas políticas do movimento:
a) pelo emprego e contra a precariedade, procurando a revogação do Código do Trabalho e o alargamento do subsídio de desemprego,b) a defesa da educação, alterando o Estatuto da Carreira Docente e suspendendo o modelo de avaliação dos professores,c) a defesa da segurança social, impondo a reforma sem penalização para a geração sacrificada pelo início precoce do trabalho e que já tem 40 anos de descontos, e alterando o modelo de financiamento, para a revogação do “factor de sustentabilidade” que reduz as pensões futuras.
3. Os sinais de permanente agravamento da crise social são notáveis: os Centros de Emprego registam mais de 510 mil desempregados (e o INE cerca de 550 mil), e na Qimonda e Delphi, como noutras empresas, fica evidente que os grandes despedimentos colectivos estavam à espera do fim do ciclo eleitoral. Noutros sectores, como nos fornecedores do sector automóvel ou no vidro, há razões acrescidas para temer mais despedimentos colectivos, facilitados pela generalização do lay off. Entretanto, o aumento da precariedade, dos falsos recibos verdes e do trabalho temporário representam direitos sequestrados e contribuem para mais riscos de desemprego.O Bloco opõe-se a todas estas ameaças e defenderá o emprego como uma condição da democracia. E, reforçando a responsabilidade colectiva na defesa dos direitos dos trabalhadores mais ameaçados, a Mesa decide que o Bloco inicia uma Campanha Nacional pelo Alargamento do Subsídio de Desemprego.
4. O programa do PS, que é retomado pelo XVIIIº Governo, foi combatido pelo Bloco durante a campanha eleitoral. No Parlamento e na sociedade, o Bloco continuará a dar voz a esse combate. O agravamento da crise social, com o crescimento previsível do número de desempregadas e desempregados em 2009 e 2010, com a evidência do aumento da fuga ao fisco (com 9 mil milhões de euros transferidos em 9 meses para offshores), com o financiamento público da fraude do BPN, torna evidente que continuará a ser na economia, e portanto no Orçamento para 2010, que se vão disputar os confrontos políticos mais clarificadores. O aumento do salário mínimo, de imediato até aos 500 euros, já está a ser recusado pelas confederações patronais e continua a ser um objectivo importante para os trabalhadores.A orientação do Bloco de Esquerda é a apresentação de alternativas mobilizadoras. Nesse sentido, o Bloco votará sempre de acordo com o seu mandato e apresentará as propostas que decorrem do seu programa, como será o caso das prioridades atrás indicadas, dos casamentos entre pessoas do mesmo sexo, do fim dos chips nos automóveis, do fim das taxas moderadoras na saúde ou da anulação da concessão sem concurso do Terminal de Alcântara. Assim, apreciará as propostas de outros grupos parlamentares ou do governo pelo seu mérito concreto e pela resposta que dão a necessidades sociais. Mas ninguém pode contar com o Bloco para facilitar políticas de ziguezague que garantam ao novo governo uma estratégia económica de direita, na continuidade dos últimos anos. É nas questões sociais e económicas que se decidirá a política do governo, e é aí que o Bloco será a oposição mais consistente.
5. O Bloco de Esquerda continua a exigir a retirada das tropas portuguesas do Afeganistão. Confirmado o agravamento da situação social no Afeganistão, incluindo a repressão legal contra as mulheres, confirmada a fraude eleitoral por Karzai, confirmado pelas Nações Unidas que o Afeganistão, sob a liderança do governo dos senhores de guerra protegidos pela ocupação militar, produz agora 90% da heroína mundial, a presença militar portuguesa ou de outras forças de ocupação – que a administração norte-americana quer aumentar – deve ser recusada.
6. A Mesa Nacional decide a realização de uma campanha de adesões, que convidará a participar no Bloco quem se associou às suas campanhas eleitorais e quem partilha da exigência e empenho na construção de uma esquerda socialista para o combate popular. Um Bloco mais forte, socialmente mais representativo e organizado, mais actuante na luta política, é necessário para responder aos desafios da construção de uma esquerda de confiança.

sábado, 10 de outubro de 2009

Noite Eleitoral


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Candidatura do Bloco

Após 4 semanas de campanha, o Bloco de Esquerda da Amadora parte para estas eleições Autárquicas confiante de uma subida na votação.
O nosso desempenho no anterior mandato permite-nos dizer aos eleitores, simpatizantes e militantes, que estivemos onde tínhamos de estar. Ouvimos as populações, as associações, as queixas, as propostas; e, o mais importante de tudo, fomos à luta contra o desperdício, a discriminação, o racismo, as injustiças sociais; na defesa de uma autarquia com espaços verdes e com empresas municipais transparentes e coerentes.

Com listas de candidatos em todas as freguesias do Concelho da Amadora, o Bloco de Esquerda reforça a sua presença e assume o comando desta nova Esquerda; desta Esquerda de Confiança, que é o Bloco.

O Bloco de Esquerda defende uma democracia participativa; uma democracia onde os cidadãos e as cidadãs possam participar livremente, dando opiniões, fazendo sugestões; participando na gestão da sua cidade.
Fazê-mo-nos reger por uma política aberta, em que os cidadãos possam contactar com os nossos candidatos e eleitos de forma fácil e rápida.
Criá-mos um email, com o qual poderá sempre contar para as suas duvidas, opiniões e sugestões: bloco.amadora@gmail.com

O Bloco de Esquerda da Amadora espera reforçar a sua presença na Assembleia Municipal e nos outros órgãos autárquicos, de modo a poder reforçar a sua luta contra os abusos, contra o crescimento da floresta de betão, contra a cidade-dormitório (em que se tornou a Amadora).
Apostamos forte num programa de reabilitação de prédios degradados, criando emprego, criando espaço habitável dentro da cidade, deixando o espaço livre para criar espaços verdes de lazer. Apostar nos transportes públicos facilitando a mobilidade dentro do Concelho e entre os Concelhos vizinhos.
As creches e ATLs públicos não podem ser esquecidos, assim como o sistema de saúde que precisa de maior apoio da autarquia. O tempo de espera nos centros de saúde é surreal, há que o combater a nível central e local.
O Bloco de Esquerda apoia o movimento associativo e incentiva a criação e desenvolvimento do mesmo pois vê nele uma excelente forma de combater a exclusão social e criminalidade.

Bloco de Esquerda
A Esquerda de Confiança

veja o nosso manifesto autárquico


Nuno Antunes - JF da Mina

No jornal Público veio uma notícia sobre o candidato do PS à Junta de Freguesia de Cedofeita, no Porto; pelo facto de ser invisual.


Gostaria-mos de informar os leitores e a redacção do Jornal Público, que o nosso candidato à Junta de Freguesia da Mina, é um senhor invisual; que faz parte da Assembleia de Freguesia, tendo sido eleito no mandato passado, pelo Bloco de Esquerda.

Nuno Antunes é reconhecido perante os órgãos autárquicos como um exemplo. O candidato pelo Bloco de Esquerda tem feito um trabalho exemplar, comparecendo nas reuniões, debatendo-se por ideias de esquerda; defendendo os interesses da população perante os interesses do capital.

terça-feira, 6 de outubro de 2009

Programa do Bloco - Venteira


  • Combater a solidão e a inactividade: Venteira solidária. É necessário financiar o movimento associativo com critérios claros, que criem actividades que contrariem a solidão dos mais velhos e que ocupem os jovens em actividades saudáveis. Opusemo-nos e continuaremos a opor-nos a gastos com actividades sem objectivos definidos e sem benefícios concretos para a população.

  • Acabar com as mordomias e o desperdício: o Presidente da Junta tem à sua disposição 150 Euros por mês para gastos com telemóvel, onde se misturam indistintamente uso público e uso privado. As despesas da Junta com comunicações rondam os 20.000 Euros por ano. É demais. É preciso reduzir muito estes e outros valores e gerir bem os recursos que são públicos. É preciso separar público e privado.

  • A Venteira tem de ser segura. A pobreza e o abandono social geram marginalidade. A prazo, a segurança conquista-se com solidariedade e meios de vida decentes para todos. Até lá é preciso apoiar e prevenir. O PSD acabou com o apoio aos guardas-nocturnos. É um mau sinal. Proporemos a renovação desses apoios. Proporemos iniciativas de formação à população sobre segurança e violência doméstica com o apoio da PSP. É preciso apoiar o movimento associativo nas iniciativas de combate à pobreza e à exclusão social.

  • Nos últimos quatro anos a comunicação da Junta com os fregueses não existiu. É preciso que a Junta comunique regularmente com todos os seus fregueses e não apenas com alguns, para que todos, e não apenas alguns, possam usufruir das iniciativas que a Junta desenvolve. Propomos a edição regular de um boletim informativo e a utilização eficiente e regular da Internet, para que todos sejam informados dos serviços e iniciativas públicas que estão à sua disposição.

  • O Mercado da Venteira está moribundo. Não é seguro que a sua recuperação seja viável. Propomos a análise da viabilidade do mercado e um referendo local, em que seja chamado o povo a decidir a sua continuação ou a sua substituição, ainda que parcial, por outros equipamentos sociais, como creches ou estruturas de apoio à terceira idade, necessárias e urgentes.

  • Pacificar o funcionamento dos serviços. No mandato de gestão PSD-PS, o funcionamento dos serviços da Junta tem padecido de conflitualidade. É necessário pacificar os serviços, melhorar a sua eficiência e a qualidade do trabalho desenvolvido em prol dos fregueses.

  • Recuperar o Lido. O Lido está morto. Trabalharemos para sua recuperação como espaço de referência com utilidade social.
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Pode também contribuir para o Programa do Bloco de Esquerda enviando um email com a sua opinião para bloco.amadora@gmail.com
Defendemos a democracia participativa; exerça o seu direito.

Prestar contas na Venteira

A actividade do BE na Assembleia de Freguesia:

  • Comparecemos a todas as reuniões da Assembleia de Freguesia.

  • Opusemo-nos à solução de viabilização do Mercado da Venteira do PS-PSD porque:
    -> Não há estudos nem provas de que o Mercado seja viável; actualmente o seu funcionamento custa 18.000€ por ano de recursos públicos;
    -> A solução do PSD-PS implicava mais betão: construção de habitação nova, o aumento da densidade populacional, a privatização do terreno por via da constituição de propriedade horizontal;
    -> O lucro proporcionado ao construtor, calculado a preços de referência de avaliação bancária e de custo de construção, é superior a um milhão de euros, o que mostra que a negociação foi no mínimo mal feita;

  • Existem soluções alternativas mais úteis socialmente para o espaço do mercado: um centro social com creche, jardim de infância, apoio a idosos ou outras valências; A Freguesia é altamente deficitária nestes equipamentos públicos para as nossas crianças e idosos.

  • Pode estudar-se a manutenção do mercado, com eventual redução do seu espaço, se for demonstrada a sua viabilidade e utilidade;

Opusemo-nos à política da maioria PSD-PS pelas seguintes razões:
  • Financiaram projectos sem objectivos e sem impactos definidos, caso, por exemplo, do projecto «A escola do futuro hoje» e o pagamento de formação de pós-graduações a professores, com um valor de conjunto de 17.000€.

  • Consagraram desperdícios nas despesas com comunicações, com mistura de uso público e privado de telemóveis. Ao longo de 4 anos as despesas de comunicações da Junta rondaram os 80.000€.

  • Adjudicaram a empresa privada a manutenção dos espaços verdes do Borel com um custo que ultrapassa os 37.000€ anuais quando, pelos nossos cálculos, a Junta o poderia fazer por menos 10.000€ no pior cenário.

  • Não apresentaram critérios de clareza, utilidade social e transparência no financiamento ao movimento associativo.

  • Não foram capazes de por a funcionar a rede social da Freguesia nem de a potenciar em prol dos fregueses.

Propusemos a redução das despesas de comunicações, o que PSD e PS recusaram.

Protestámos contra a muito má qualidade da escrita das actas, que as tornava por vezes incompreensíveis em alguns pontos.